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Impactos do 'La niña' no Clima Brasileiro: O Que Esperar em 2025?

'La niña" poderá persistir até abril de 2025.

Créditos: Adaptação Inmet/Previsão probabilística do IRI para ocorrência de El Niño ou La Niña
Créditos: Adaptação Inmet/Previsão probabilística do IRI para ocorrência de El Niño ou La Niña

O fenômeno climático 'La niña' está oficialmente em ação, de acordo com a NOAA (National Oceanic and Atmospheric Administration). Mas como exatamente esse fenômeno impacta o clima do Brasil? Vamos explorar as previsões e impactos esperados para 2025.


'La niña' e seus efeitos regionais


Em anos de La Niña, o Brasil observa variações climáticas distintas. Segundo Danielle Ferreira, meteorologista do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), a Região Sul do Brasil tende a experimentar uma redução significativa nas chuvas, tanto em quantidade quanto em frequência. Isso pode resultar em períodos prolongados de seca.


Regiões Norte e Nordeste do Brasil: o contraste


Enquanto o Sul sofre com a falta de precipitações, a faixa norte das Regiões Norte e Nordeste vivencia o oposto: um excesso de chuvas. Esse fenômeno já tem causado intensas chuvas na área, resultando em frequentes avisos de perigo.


Ferreira explica que as frentes frias passam mais rapidamente sobre o leste da Região Sul, trazendo mais chuvas para o Sudeste e até parte do litoral nordestino. Contudo, outros fatores, como a temperatura do Oceano Atlântico, também influenciam esses padrões climáticos.


O papel do oceano


Tanto o 'La niña quanto o 'El niño' se formam no Oceano Pacífico Equatorial, destacando a importância dos oceanos nas dinâmicas climáticas globais. Ferreira descreve o 'El niño' como o aquecimento anômalo das águas do Pacífico Equatorial, enquanto o 'La niña' representa seu resfriamento anômalo. Monitorar essas condições é crucial para prever seus impactos.


Impactos no agronegócio brasileiro


O agronegócio brasileiro também sente os efeitos do 'La niña'. A redução das chuvas na Região Sul afeta negativamente culturas como soja e milho, resultando em déficits hídricos que prejudicam a produtividade. No Nordeste, o aumento das precipitações pode beneficiar o armazenamento de água e algumas culturas, mas também eleva o risco de doenças fúngicas devido à alta umidade.


No Centro-Oeste, a irregularidade das chuvas compromete o desenvolvimento das culturas e pode impactar a produtividade, especialmente do milho safrinha e da soja. A região de MATOPIBA (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia) enfrenta um desequilíbrio entre excesso e escassez de chuvas, afetando o cultivo de grãos e aumentando o risco de erosão do solo.


Esses desequilíbrios climáticos impactam diretamente a oferta de commodities agrícolas, exigindo que as empresas adotem estratégias robustas de gestão de risco, como hedge cambial e uso de contratos futuros.


Expectativas para 2025


Desde outubro de 2024, as temperaturas na Região do 'Niño 3.4' têm estado 0,5°C abaixo da média, chegando a 1,0°C abaixo da média em dezembro. A persistência dessas anomalias confirma a presença do 'La niña', com previsão de durar até abril de 2025.


Previsões para os próximos meses


Espera-se que grande parte do Brasil tenha temperaturas acima da média, com chuvas concentradas principalmente nas Regiões Norte, Centro-Oeste e áreas do norte e oeste da Região Nordeste no primeiro trimestre de 2025.


Fontes:

 
 
 

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