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La Niña no Rio Grande do Sul

Uma das características mais marcantes do fenômeno La Niña no Estado do RS são os ventos litorâneos, que já persistem a mais de uma semana.


Precipitação acumulada de chuvas:

Fonte: INMET


O clima é um dos fatores mais determinantes para a agricultura, e as condições climáticas adversas podem afetar severamente a produção agrícola. Recentemente, o Jornal Zero Hora e o INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) divulgaram informações relevantes sobre o impacto do fenômeno La Niña na produção de soja e milho no Brasil.


Entenda como o La Niña impactará o verão no RS:


Especialistas apontam que entre janeiro e março os gaúchos terão equilíbrio entre calor e chuva. O fenômeno climático La Niña, que ocorrerá ao longo do verão, apresentará características de fraca a moderada, sendo sucedido no início do outono por um período de neutralidade, apontam meteorologistas. Na prática, para o Rio Grande do Sul, serão registrados índices de temperatura não muito elevados e médias mensais de chuva típicas para a estação do ano.


Segundo os especialistas em climatologia, nas análises de modelos climáticos, La Niña é classificada como fraco, moderado ou forte, considerando intervalos de três meses. Para janeiro, fevereiro e março, a previsão é de distribuição típica de chuva, o que, teoricamente, afasta o risco de forte estiagem.


As previsões dos pesquisadores de renomadas universidades do Estado do RS, acompanham o prognóstico divulgado pela agência norte-americana National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), que define em 59% de chance de que La Niña persista de fevereiro a abril. A chance de condições neutras de março a maio é de 60%.


Para o coordenador do 8º Distrito de Meteorologia do INMET, Marcelo Schneider, o comportamento esperado da temperatura do Oceano Pacífico — que determina a ocorrência do fenômeno climático — é de aquecimento na superfície da água. Isso costuma gerar mais vapor de água e alternar alguns períodos de estiagem em algumas áreas com outros de instabilidade.


Temperaturas Máximas Médias para os Próximos Meses:


Conforme o meteorologista da Climatempo, Guilherme Borges, diante da configuração de La Niña para o primeiro trimestre do ano, o Rio Grande do Sul terá frequência de influências de frentes frias, resultando em índices moderados de temperatura neste verão. Para Porto Alegre, a previsão é de verão típico, com calor, porém sem temperatura excessivamente elevada. No Litoral, pode haver períodos ventosos e ocorrência de chuva.


Temperaturas - máximas e médias - para os próximos 90 dias:

Fonte: INMET e GZH
Fonte: INMET e GZH

Chuva média nos próximos 90 dias:

Fonte: INMET e GZH
Fonte: INMET e GZH

Impacto na Produção de Soja e Milho


A produção de soja no Brasil, estimada em 169 milhões de toneladas, pode sofrer uma redução significativa se as condições de seca persistirem. O estado do Rio Grande do Sul, um dos principais produtores de soja do país, já está registrando uma diminuição nas expectativas de rendimento devido à falta de precipitações regulares.


A produção de milho também está em risco devido às condições climáticas adversas. A safra de milho, estimada em 127 milhões de toneladas, pode ser revisada para baixo se as condições secas continuarem a prevalecer nas regiões produtoras. A escassez de chuvas pode afetar tanto a fase de plantio quanto a de desenvolvimento das lavouras, resultando em menores rendimentos e qualidade dos grãos.


Conclusão


A previsão de um impacto significativo do fenômeno La Niña na produção agrícola do Brasil destaca a importância de monitorar constantemente as condições climáticas e de adotar práticas de manejo agrícola adaptativas. Produtores e investidores devem estar atentos às atualizações climatológicas oficiais e às informações divulgadas por fontes confiáveis, para tomar decisões informadas e mitigar os riscos associados às variações climáticas.

 
 
 

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