top of page

Opinião: Futuro da Agricultura Americana e as Tarifas de Trump

Trump não conseguirá alcançar o MAGA em curto prazo e a diversificação pode ser um caminho custoso.

Imagem gerada por IA
Imagem gerada por IA

Em nossa análise, entendemos que em curto prazo, Trump não conseguirá alcançar o MAGA (Make América Great Again); ele precisará de uma geração inteira (20 a 25 anos) para atingir essa meta. Do Brasil, percebemos que Trump quer negociar com aqueles que cederem às suas pressões globais. Ele é um jogador voraz, que toma riscos de altíssimo grau de periculosidade.


Tudo está interligado: modelos, metas, premissas e sonhos. Para começar, investir nos sonhos de Elon Musk, Trump precisará direcionar a economia americana para o interno e reter dólares nos EUA. Mas por quê Elon Musk? Porque Musk é um dos idealistas deste novo modelo e um ávido simpatizante do modelo Trump.  Então, como bons matemáticos, Trump e sua equipe, contando com Musk, perceberam que o déficit comercial supera um trilhão de dólares, ou seja, mais dólares saem dos EUA do que entram.


Premissas:


  • Conter a saída de dólares é primordial para equilibrar o comércio internacional.

  • Enxugar a máquina de gastos americana é crucial; com a economia feita, ele poderá gastar em projetos internos, buscando manter seu legado.

  • Ir a Marte demandará muitos bilhões ou trilhões de dólares. De onde eles tirariam todo esse dinheiro?

  • Sair dos acordos ambientais e da OMS lhes dará margem para promover a industrialização sem pedir licença a outros países.

  • Alimentar os americanos: o alimento produzido deverá ser destinado à demanda interna e, depois, o excedente será negociado com quem ceder às suas pressões.

  • Diversificação agrícola: levará anos para alcançar produtividade constante, requerendo muitos investimentos privados, dos produtores e do governo. Trump sequer comentou sobre investimentos massivos para produtores, acreditamos que sequer citou a agricultura como uma fonte de desenvolvimento sustentável.

  • Soja, milho e algodão são essenciais hoje em dia; nos alimentam e alimentam os animais que nos alimentam. Se Brasil e EUA pararem de produzir, como ficaria o restante do mundo?

  • Acumular estoques não é bom para a bolsa de valores; se a China começar a importar mais dos EUA, Trump pode mudar de postura.


Atenção às falas de Trump:


  • Ele continuará fortalecendo a indústria interna, gerando menos necessidade de importar e mais empregos locais.

  • O déficit comercial elevado causa desequilíbrio econômico constante.

  • Trump tem firme propósito de reduzir os gastos dos EUA.

  • Como bom homem de negócios, estará amparado por pessoas financeiramente poderosas. Isso pode ser uma faca de dois gumes.

  • Traços de Trump mesclados com os ideais de Musk podem criar um colapso econômico devido aos pesados investimentos em tecnologia na corrida à Marte.

  • Reduzir impostos pode ser eficiente para dobrar a economia em pouco tempo, e a autossuficiência pode permitir a exclusão de tarifas novamente.


A pergunta: em quanto tempo? Trump poderá não estar vivo para ver seu sonho se concretizar, pois pode levar mais de 20 anos. Esperamos que o legado e o poder de negociação prevaleçam a ganância e, mais adiante, tudo volte ao normal.

 

Preocupações dos Produtores Americanos:


As preocupações dos produtores americanos diante das políticas tarifárias de Trump são legitimas, pois os produtos agrícolas produzidos nos Estados Unidos encarecerão, especialmente porque necessitam de grande parte dos fertilizantes de fora do país, além de potenciais retaliações que possam ocorrer pelos países afetados pelas tarifas. Haverão riscos de aumento geral dos alimentos em todos os produtos produzidos fora e dentro dos EUA, nos primeiros meses, poderão gerar uma instabilidade econômica muito grande e a inflação chegará de trem bala e não à cavalo, como costumamos dizer aqui no Brasil.


Com todas estas incertezas, a diversificação pode ser uma estratégia viável, mas é importante lembrar que a transição levará tempo e exigirá investimentos vultosos de todos os elos da cadeia produtiva. Para ter certeza de que esta é a melhor opção, primeiro deveremos considerar os seguintes pontos:


  • Análise de Custos: Avaliar os custos associados à diversificação e se há incentivos ou subsídios disponíveis para apoiar essa transição. Se não há seria bom pensar muito antes de tomar uma iniciativa.

  • Tecnologia e Inovação: Investir em tecnologia agrícola pode aumentar a eficiência e a produtividade, ajudando a mitigar os impactos das tarifas.

  • Parcerias e Cooperação: Explorar parcerias com outras fazendas, cooperativas e empresas para compartilhar recursos e conhecimentos, criando uma rede de apoio sem necessitar esperar as iniciativas governamentais, que, neste ponto, podem ser tardias.

  • Mercados Alternativos: Identificar mercados alternativos para seus produtos que possam estar menos afetados pelas tarifas.

  • Valor Agregado: Se a solução for diversificar aposte em produtos de elevado valor agregado, onde as tarifas não impeçam seu consumo em curto espaço de tempo.

  • Sustentabilidade: Adotar práticas agrícolas sustentáveis que possam atrair investimentos e mercados preocupados com a sustentabilidade.


Reflexões:


O produtor americano deve ter paciência e esperar para ver até onde Trump chegará com suas estratégias de tarifar produtos importados pelos EUA?


Trump está jogando e utiliza as tarifas sobre produtos importados para que os EUA tenha melhor participação no comércio internacional e, logo em seguida, baixará gradativamente os tarifas?


Em quanto tempo os EUA chegará a autossuficiência em alimentos e produtos industrializados para não depender de países como México, Canadá e China?

O que você faria se fosse um produtor americano? Comente e compartilhe!

7 visualizações0 comentário

Posts recentes

Ver tudo

Comments


Logomarca da Rio Grande Agricola

CEP 90.430-001, sob n. 777, sala 1401.

Bairro Rio Branco, Porto Alegre, RS, Brasil,

© Copyright RGA's 2024
bottom of page